quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Principais tipos de Filos

Principais tipos de Filos

São conhecidas aproximadamente 70 mil espécies de fungos, mas especialistas afirmam haver cerca de 1,5 milhão de espécies de fungos. Classificados no reino Fungi, os fungos são divididos em cinco filos:

Filo Chytridiomycota: Representado por organismos uni ou multicelulares, e que apresentam flagelos em algum momento de seu ciclo de vida: são os citridiomicetos, também chamados de mastigomicetos. Eles são típicos de ambientes aquáticos, e apresentam aspecto gelatinoso. Uma vez que apresentam flagelos, não possuem parede celular constituída por quitina, e podem se assemelhar a amebas durante alguns estágios do seu ciclo de vida; alguns cientistas classificam-nos como seres pertencentes ao Reino Protoctista.

Filo Zygomycota: Seus representantes são multicelulares e não possuem corpos de frutificação. Além disso, suas hifas não apresentam paredes transversais, e são preenchidas por citoplasma repleto de núcleos: hifas cenocíticas. Seus esporos são denominados zigospórios. A reprodução assexuada é mais frequente.

 Filo Ascomycota: A reprodução assexuada é mais frequente. Algumas de suas hifas, septadas, apresentam formato de saco, durante o ciclo sexuado. Em seu interior, há esporos sexuais: os ascósporos. Este é o filo que possui o maior número de espécies de fungos, sendo estas tanto uni quanto multicelulares.

 Filo Basidiomycota: A reprodução sexuada é mais frequente. Algumas de suas hifas, septadas, formam estruturas denominadas basídios. Em alguns representantes, tais estruturas formam corpos de frutificação denominados basidiocarpos, popularmente conhecidos como cogumelos. Os esporos sexuais dos basidiomicetos são chamados de basidiósporos.


 Filo Deuteromycota: Este filo contempla as espécies que ainda não possuem classificação bem definida e, por esse motivo, seus representantes costumam ser chamados de fungos imperfeitos. Trata-se de um grupo artificial, que por esse motivo tende a se extinguir.

REINO FUNGI: A DIVERSIDADE DA VIDA DOS FUNGOS

Reino Fungi: Fungos

Doenças Causadas por Fungos

Doenças Causadas por Fungos

As micoses que aparecem comumente nos homens são doenças provocadas por fungos. As mais comuns ocorrem na pele, podendo-se manifestar em qualquer parte da superfície do corpo.



São comuns as micoses do couro cabeludo e da barba (ptiríase), das unhas e as que causam as frieiras (pé-de-atleta).



As micoses podem afetar também as mucosas como a da boca. É o caso só sapinho, muito comum em crianças. Essa doença se manifesta por múltiplos pontos brancos na mucosa.





Existem, também, fungos que parasitam o interior do organismo, como é o caso do fungo causador da histoplasmose, doença grave que ataca os pulmões.



Os Fungos e sua Importância

Os Fungos e sua Importância

 Ecológica

Os fungos apresentam grande variedade de modos de vida. Podem viver como saprófagos, quando obtêm seus alimentos decompondo organismos mortos; como parasitas, quando se alimentam de substâncias que retiram dos organismos vivos nos quais se instalam, prejudicando-o ou podendo estabelecer associações mutualísticas com outros organismos, em que ambos se beneficiam. Além desses modos mais comuns de vida, existem alguns grupos de fungos considerados predadores que capturam pequenos animais e deles se alimentam.
Em todos os casos mencionados, os fungos liberam enzimas digestivas para fora de seus corpos. Essas enzimas atuam imediatamente no meio orgânico no qual eles se instalam, degradando-o à moléculas simples, que são absorvidas pelo fungo como uma solução aquosa.
Os fungos saprófagos são responsáveis por grande parte da degradação da matéria orgânica, propiciando a reciclagem de nutrientes. Juntamente com as bactérias saprófagas, eles compõem o grupos dos organismos decompositores, de grande importância ecológica. No processo da decomposição, a matéria orgânica contida em organismos mortos é devolvida ao ambiente, podendo ser novamente utilizada por outros organismos.
Apesar desse aspecto positivo da decomposição, os fungos são responsáveis pelo apodrecimento de alimentos, de madeira utilizada em diferentes tipos de construções de tecidos, provocando sérios prejuízos econômicos. Os fungos parasitas provocam doenças em plantas e em animais, inclusive no homem.
 A ferrugem do cafeeiro, por exemplo, é uma parasitose provocada por fungo; as pequenas manchas negras, indicando necrose em folhas, como a da soja, ilustrada a seguir, são devidas ao ataque por fungos.
 Em muitos casos os fungos parasitas das plantas possuem hifas especializadas - haustórios - que penetram nas células do hospedeiro usando os estomas como porta de entrada para a estrutura vegetal. Das células da planta captam açúcares para a sua alimentação.
Dentre os fungos mutualísticos, existem os que vivem associados a raízes de plantas formando asmicorrizas (mico= fungo; rizas = raízes). Nesses casos os fungos degradam materiais do solo, absorvem esses materiais degradados e os transferem à planta, propiciando-lhe um crescimento sadio. A planta, por sua vez, cede ao fungo certos açucares e aminoácidos de que ele necessita para viver.
 Algumas plantas que formam as micorrizas naturalmente são o tomateiro, o morangueiro, a macieira e as gramíneas em geral.
As micorrizas são muito frequentes também em plantas típicas de ambientes com solo pobre de nutrientes minerais, como os cerrados, no território brasileiro. Nesses casos, elas representam um fator importante de adaptação, melhorando as condições de nutrição da planta.
Certos grupos de fungos podem estabelecer associações mutualísticas com cianobactérias ou com algas verdes, dando origem a organismos denominados líquens. Estes serão discutidos posteriormente.

 Econômica

Muito fungos são aeróbios, isto é, realizam a respiração, mas alguns são anaeróbios e realizam a fermentação.
Destes últimos, alguns são utilizados no processo de fabricação de bebidas alcoólicas, como a cerveja e o vinho, e no processo de preparação do pão. Nesses processos, o fungo utilizado pertence à espécie Saccharomyces cerevisiae, capaz de transformar o açúcar em álcool etílico e CO2 (fermentação alcoólica), na ausência de O2. Na presença de O2 realizam a respiração. Eles são, por isso, chamados de anaeróbios facultativos.
Na fabricação de bebidas alcoólicas o importante é o álcool produzido na fermentação, enquanto, na preparação do pão, é o CO2. Neste último caso, o CO2 que vai sendo formado se acumula no interior da massa, originando pequenas bolhas que tornam o pão poroso e mais leve.
O aprisionamento do CO2 na massa só é possível devido ao alto teor de glúten na farinha de trigo, que dá a "liga" do pão. Pães feitos com farinhas pobres em glúten não crescem tanto quanto os feitos com farinha rica em glúten.
Imediatamente antes de ser assado, o teor alcoólico do pão chega a 0,5%; ao assar, esse álcool evapora, dando ao pão um aroma agradável.
Alguns fungos são utilizados na indústria de laticínios, como é o caso do Penicillium camemberti e do Penicillium roqueforte, empregados na fabricação dos queijos Camembert e Roquefort, respectivamente.

 Algumas espécies de fungos são utilizadas diretamente como alimento pelo homem. É o caso da Morchella e da espécie Agaricus brunnescens, o popular cogumelo ou champignon, uma das mais amplamente cultivadas no mundo.

Reprodução

Reprodução

Os fungos terrestres podem se reproduzir sexuada e assexuadamente.

 

Reprodução Assexuada

 

O Penicillium, um tipo de fungo terrestre, gere através da mitose, células chamadas conidiósporos, que são jogadas no ambiente. Cada uma dessas células poderá gerar um novo ser, dependendo do local onde cair (como um pão, ou frutas).

Reprodução Sexuada

 

Um ótimo exemplo de fungo que se reproduz sexuadamente é o champignon, muito utilizada na culinaria de alguns países. Ele é um cogumelo (corpo de frutificação) que produz esporângios com formato de raquete de tênis, que se chamam basídios. Dentro de cada basídio ocorre uma meiose, originando quatro células, chamadas de basidiósporos. Eles são liberados no ambiente através do brotamento, a partir do basídio. Os basidiósporos irão se desenvolver em local apropriado, feito pelo criador de champignons. Ele também irá organizar um micélio haploide. A junção de hifas haploides origina um micélio diploide. Este, irá crescer e se tornar um cogumelo, completando o ciclo.




Nutrição

Nutrição

 Os fungos não possuem clorofila, como nas plantas, por isso não podem realizar fotossíntese, e consequentemente, não produzem seu próprio alimento. Eles soltam ao seu redor uma substância chamada exoenzima, que é praticamente igual à uma enzima digestiva. Essas enzimas digerem moléculas orgânicas do ambiente, e então o fungo absorve o seu alimento que foi digerido pelas exoenzimas.

Existem dois nichos ecológico para os fungos: decompositores e parasitas. A diferença entre os dois é que os parasitas se fixam em organismos vivos, enquanto os decompositores se fixam em organismos mortos. Os parasitas ainda podem ser insectívoros ou helmintívoros, respectivamente, comedores de insetos ou minhocas.     O primeiro, libera uma substância pegajosa à sua volta, onde moscas e pequenos insetos ficam presos e são digeridos pelas exoenzimas. O segundo, o fungo libera substâncias tranquilizantes que imobilizam as minhocas.